Jogos Vorazes.

Jogos Vorazes (The Hunger Games).
Quando falamos de uma franquia juvenil, o maior equívoco que cometemos é fazer comparações com tantas outras, como por exemplo a saga "Crepúsculo". Quando foi anunciada a adaptação de Jogos Vorazes, muitas analogias foram feitas entre diversas séries, até mesmo o marketing do filme usou deste recurso para atrair o público.
Agora com o filme visto e revisto, posso assegurar que ele não apresenta nenhuma semelhança com as séries dos vampiros e dos bruxos adolescentes. "Jogos vorazes" apresenta uma narrativa e um propósito muito independente e original, isso que torna muito charmosa e interessante.
Baseado no livro de mesmo nome, vemos uma America pós-apocalíptica divida em 24 distritos, onde cada um desses, uma vez por ano, teria que dar 2 tributos para participar de um tipo de "reality Show" do tipo gladiatória, com a finalidade de inibir qualquer esperança. Katness (Jennifer Lawrence) é uma jovem que vive no distrito 12, ela se oferece como tributo para proteger sua irmã, que havia sido sorteada, e junto com ela vai Peeta (Josh Hutcherson). O que complica tudo é que o garoto se declara apaixonado por Katness e o que torna o romance condenado, já que só um pode sobreviver.
O roteiro é tão interessante e faz o espectador ficar ofegante a cada momento, é muito bem descrito e dirigido, principalmente pelo fato de ter uma carga dramática e metafórica que faz o público pensar. Como por exemplo, o fator dos reality's Show, como permitimos que barbaridades aconteçam e, o fato de esperança vencer o medo, como uma sociedade pensante e crítica pode vencer os piores males. As atuações são maravilhosas, Jennifer Lawrence dá, novamente, um show de atuação (com um papel que faz até lembrar o de "Inverno da Alma", que lhe rendeu uma indicação ao Oscar). Josh Hutcherson, que era um ator infantil, do conhecido Zathura, agora mostra que cresceu e ficou muito interessante e expressivo, parece ser um profissional com grandes espectativas.
O grande problema é a direção de arte, muito cafona e brega de uma sociedade futurista. Mas o filme é muito interessante, inteligente e divertido e principalmente por que faz o espectador que não leu o livro a busca-lo e conhecer ainda mais a distopia que clama por liberdade. Vale muito as duas opções, um início de uma franquia interessante, inteligente e acima de tudo, divertida.